Aureus

Com este blog pretendo mostrar os últimos acontecimentos científicos, de maneira a ficarmos à par do que pôde ser feito pelos científicos neste momento, e dos últimos descobrimentos, e ao mesmo tempo oferecer curiosidades, engraçadas ou simplesmente esquisitas, do âmbito da ciência. Isto sempre numa linguagem acessível para todos, sem grandes complicações.
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21 de março de 2009

Evolução das plantas: Revêem mil milhões de anos


Calliarthron cheilosporioides, uma alga vermelha com lignina

As plantas erguem-se, na terra firme, graças (entre outras substâncias) à lignina. As algas não precisam dela, nem a têm (ou isso se julgava), porque se apoiam na água para se suster. A lignina é um componente principal da madeira, é como uma cola que ajuda a fortificar as paredes celulares, e é essencial para o transporte da água em muitas plantas terrestres.

Por tanto, o aparecimento da lignina deveria ser um dos factores cruciais para a colonização da terra firme pelas plantas. Mas agora descobriu-se uma alga marinha com lignina: a Calliarthron cheilosporioides, uma alga vermelha, possui esta substância nas suas paredes celulares.

Todas as plantas terrestres evoluíram a partir das algas verdes, e os científicos sempre acreditaram que a lignina tinha aparecido quando as plantas começaram a colonizar a terra, como um mecanismo de adaptação para estabilizar o crescimento vertical e para assegurar o transporte de água desde as raízes.

Como provavelmente as algas verdes e vermelhas divergiram há mais de mil milhões de anos, o descobrimento de lignina numa alga vermelha sugere que a maquinaria básica para produzir lignina pôde ter existido muito antes de que as algas colonizassem a terra, pelo que investigam agora quais outras funções poderá desenvolver esta substancia nas algas.

A hipótese de que se tivesse desenvolvido a lignina por separado em diferentes momentos nas algas verdes e nas vermelhas foi rejeitada pelos investigadores, devido à complexidade das rotas metabólicas, os genes e os enzimas implicados na elaboração desta substância.

Este estudo foi efectuado por especialistas da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, e da Universidade de Stanford, Estados Unidos, entre outros, sendo o seu autor principal Patrick Martone, e foi publicado na revista Current Biology.

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