Aureus

Com este blog pretendo mostrar os últimos acontecimentos científicos, de maneira a ficarmos à par do que pôde ser feito pelos científicos neste momento, e dos últimos descobrimentos, e ao mesmo tempo oferecer curiosidades, engraçadas ou simplesmente esquisitas, do âmbito da ciência. Isto sempre numa linguagem acessível para todos, sem grandes complicações.
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6 de abril de 2009

A plataforma Wilkins separa-se da Antárctida


Greta que separa a plataforma Wilkins das ilhas vizinhas

Nesta fotografia pode-se ver a greta (click para ampliar)

Esta plataforma já se está a separar paulatinamente desde os anos 90, como já tínhamos dito neste artigo, mas agora, nestes últimos dias, o processo sofreu um avance significativo: Uma das pontes de gelo que unem a plataforma às ilhas próximas quebrou-se e afundou-se.

A agência espacial europeia (ESA) obteve fotografias por satélite nas que se pode observar como esta grande plataforma de gelo, actualmente do tamanho da Jamaica, aproximadamente, pode estar a pontos de desprender-se da Antárctida.

A fotografia da ESA, como podem ver, mostra como uma faixa de gelo de uns 40 quilómetros que une a plataforma a uma ilha quebrou-se no seu ponto mais estreito.

Segundo os científicos que estudam o problema, esta é a primeira vez que a plataforma Wilkins perde as suas ligações às ilhas circundantes, com o que poderia brevemente desprender-se da Antárctida.

Dizem também que a queda da ponte de gelo é devida ao aquecimento global, e que as temperaturas na península Antárctica subiram três graus centígrados durante os últimos 50 anos, a taxa de aquecimento mais alta no hemisfério sul.

A Wilkins é uma de 10 plataformas na península Antárctica que encolheram ou se caíram nestes últimos anos.

Há que ter em conta que algumas das plataformas de gelo tinham-se mantido no seu lugar durante milhares de anos, e os científicos calculam que demorariam séculos em formar-se.

Este facto é preocupante não só por ele próprio, mas pelas inter relações que traz consigo: O desprendimento das plataformas de gelo promove o derretimento dos glaciares que, por sua vez, vão incrementar os níveis dos oceanos, ao mesmo tempo que diminuem a sua salinidade, factores todos eles muito preocupantes.

A ESA põe à disposição do público em general um site no que se podem seguir as últimas evoluções do acontecimento, onde publicam diariamente as imagens de satélite que vão recebendo. Podem aceder desde aqui.



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