Afinal, Tolkien devia ter alguma razão...
Na ilha de Flores, na Indonésia, habitavam os hobbits. Ou o Homo floresiensis, um hominídeo de aproximadamente um metro de altura, e com o cérebro do tamanho de uma toranja, aproximadamente, ao que muitos antropólogos chamam o hobbit.
Recentemente, Mark Moore, arqueólogo da Universidade de Nova Inglaterra em Armidale, Austrália, e os seus colegas estudaram 11.667 ferramentas de pedra recuperadas da cova Liang Bua em Flores. As escavações descobriram na cova ossos de hobbit em camadas de há entre 17.000 e 95.000 anos. Estes encontram-se todos por baixo de um sedimento de resíduos vulcânicos com 12.000 anos. E, por cima deste sedimento, a 11.000 anos e menos, os investigadores encontraram sepulturas do Holoceno do Homo sapiens junto com mais ferramentas.
A equipa de Moore analisou as formas e posições das lascas nas ferramentas, e as zonas dos golpes, tentando determinar como foram fabricadas as mesmas. E, tal como publicaram em Journal of Human Evolution, chegaram à surpreendente conclusão de que foi utilizada a mesma maneira simples e primitiva de produção de ferramentas durante os 100.000 anos representados nas escavações da cova.
Moore concluiu que provavelmente o hobbit, H. floresiensis, fez as ferramentas mais antigas, uma vez que se supõe que o homem moderno alcançou as ilhas da Indonésia há uns 45.000 anos ou pouco antes, e algumas das ferramentas têm até 100.000 anos. E sugere também, visto que são absolutamente semelhantes desde as mais antigas até as mais modernas, que deve ter havido contacto entre as duas espécies de hominídeos, e o Homo sapiens deve ter copiado o processo de fabrico das ferramentas ao hobbit.
Há outros antropólogos que discutem este ponto, especulando sobre a convergência fortuita entre o processo de fabrico de ferramentas duma e da outra espécies, mas Moore, depois do análise detalhado do processo de fabrico das ferramentas, diz que seria ainda mais surpreendente que, se não são processos copiados um do outro, fossem tão absolutamente idênticos.
Sem comentários:
Enviar um comentário