Aureus

Com este blog pretendo mostrar os últimos acontecimentos científicos, de maneira a ficarmos à par do que pôde ser feito pelos científicos neste momento, e dos últimos descobrimentos, e ao mesmo tempo oferecer curiosidades, engraçadas ou simplesmente esquisitas, do âmbito da ciência. Isto sempre numa linguagem acessível para todos, sem grandes complicações.
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17 de janeiro de 2009

Tartarugas e Salmões - Como voltam a casa?

 Há mais de um século que os científicos andam atrás do mistério de como alguns animais marinhos encontram o caminho de volta a casa para a reprodução depois de ter emigrado milhares de quilómetros pelo mar. Finalmente, uns biólogos marinhos da Universidade de Carolina do Norte em Chapel Hill acreditam ter esclarecido este facto.

Desde o seu nascimento, salmões e tartarugas marinhas são capazes de ler o campo magnético da sua área natal e guardar a memória permanente do mesmo, segundo a nova teoria.
O campo magnético da Terra muda de maneira previsível através da Terra toda, tendo cada região oceânica una marca magnética ligeiramente diferente. Ao conhecer o "endereço magnético" exclusivo da sua região natal e lembra-lo, os animais podem ser capazes de diferenciar este lugar dos outros, quando já são adultos e estão preparados para voltar, anos depois, segundo propõem os autores da nova investigação.

Estudos anteriores demonstraram que os salmões e tartarugas marinhas jovens podem detectar o campo magnético da Terra quando nadam durante a sua primeira viajem migratória desde o seu lar natal até as distantes regiões onde passarão os seus primeiros anos de vida.

O novo estudo apresenta uma possível explicação ao desenvolvimento das capacidades de navegação mais difíceis das que se servem os animais adultos que voltam para reproduzir-se à mesma zona na que começaram a viver.

Segundo os autores do trabalho, o instinto de voltar ao lugar de nascimento e a habilidade para realizar esse facto podem ser explicados pela ideia de que os animais aprendem a marca magnética exclusiva do seu lar natal ainda muito jovens, e lembram-se sempre dessa informação.

Kenneth Lohmann, professor de biologia na Universidade de Califórnia em Chapel Hill, e os seus colaboradores, esperam que o seu estudo estimule o debate na comunidade científica, e que com o tempo esse debate leve a pensar em maneiras de pôr a prova estas ideias e aprofundar nelas.

Informação adicional em: Scitech News

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