Aureus

Com este blog pretendo mostrar os últimos acontecimentos científicos, de maneira a ficarmos à par do que pôde ser feito pelos científicos neste momento, e dos últimos descobrimentos, e ao mesmo tempo oferecer curiosidades, engraçadas ou simplesmente esquisitas, do âmbito da ciência. Isto sempre numa linguagem acessível para todos, sem grandes complicações.
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10 de março de 2009

As células tronco são o futuro?

Células tronco obtidas da pele

Parece improvável, pelo menos num futuro próximo, que consigamos reconstruir-nos com células tronco. Mas sim está previsto que se consiga, em breve prazo, curar doenças até agora incuráveis, como o cancro, a diabetes ou o parkinson.

O tipo de acção que as células tronco podem realizar é, como é conhecido, especializar-se (converter-se) em qualquer um dos tipos celulares normais, podendo assim substituir células danificadas no organismo, como acontece nos casos das doenças antes referidas e de muitas outras. 

O maior problema no desenvolvimento dos estudos com células tronco assenta no conflito ético que supõe a utilização fundamentalmente de embriões humanos para a obtenção de células tronco, sendo depois estes necessariamente desdenhados.

Isto supôs que George Bush, em 2001, proibisse nos Estados Unidos que se financiassem com fundos públicos federais as investigações com células tronco, o que contribuiu a travar o desenvolvimento destes estudos.

Surgia há uns dias uma alternativa que trazia a esperança a muitas pessoas que dependem de uma evolução nestas investigações para poder-se curar: Científicos da Escócia e do Canadá publicaram um estudo (ver no Washington Post), na revista Nature, no que expõem que descobriram um processo para converter de maneira segura outros tipos de células normais em células tronco.

Já antes se tinham obtido progressos em investigações deste género, mas para a transformação em células tronco utilizavam-se vírus, para introduzir os genes necessários nas células, e isto trazia alguns riscos acrescentados como a introdução de potenciais agentes cancerígenos, ou danificar o próprio ADN celular.

O estudo agora publicado indica que só será necessário introduzir quatro genes, e que os mesmos são retirados uma vez finalizado o processo.

Este novo método ainda se encontra numa fase inicial, e deve demorar 4 ou 5 anos até que se possam começar a realizar ensaios clínicos.

No entanto, esta tecnologia acaba de receber um empurrão mais, da mão de Barak Obama, que não só derrogou a anterior lei mas ainda disse também que as leis sobre a ciência devem fazer-se baseando-se em critérios científicos.

Por tanto, têm agora caminho livre para avançar as diferentes investigações sobre este novo e apaixonante campo das células tronco. Esperemos que para bem de todos.

Ver mais na Wikipedia.

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