Simulações e fotografías de buracos negros, nesta acima mostrando a absorção de matéria de uma estrela próxima
Isto teoricamente deve ser muito frequente no Universo, mas como não se vêem directamente (por isso é que se chamam assim, porque inclusive absorvem a luz), são muito difíceis de detectar. Portanto detectar dois, e ainda por cima próximos um ao outro, ainda mais difícil resulta.
Mas uma equipe de astrónomos de Tucson conseguiu-o, e publicaram-no na revista Nature: Dois buracos negros, com massas milhões de vezes superiores à do nosso Sol (20 e 800 milhões respectivamente), e que giram um à volta do outro.
Todd Boroson e Todd Lauer, autores do descobrimento e investigadores do Observatório Astronómico Nacional Óptico (NOAO) dos Estados Unidos, tiveram que examinar 17.500 galáxias candidatas para encontrar uma com um sistema binário de buracos negros, a pesar de que os modelos astronómicos vigentes actualmente indicam que deve haver pelo menos um grande buraco negro no centro de todas e cada uma das grandes galáxias.
A proximidade destes dois buracos negros (treze vezes mais perto do que a distância entre o Sol e Alfa Centauri, a estrela mais próxima a nós), faz supor que proximamente vão-se fundir em um só, finalizando o processo de fusão de duas galáxias, das que procediam cada um destes buracos.
A dificuldade reside em que, como não se vêem, só podem ser detectadas mediante alterações na luz de estrelas próximas, ou observando outras anomalias gravíticas nada fáceis de determinar. Pelo menos, até que sejamos capazes de "ver" ondas gravíticas, que sim emitem. Mas a nossa tecnologia ainda não o permite.
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