Fotografia dos dentes de osso de Danionella dracula
Encontrou-se aquele que poderia ser o único drácula real: um peixe de 17 milímetros de comprimento.
Sim, o peixe é muito pequeno, mas para os crustáceos e diminutos insectos dos que supostamente se alimenta deve ter um aspecto assustador.
Esta dieta é a habitual nas outras espécies da mesma família. Mas elas não possuem estes espectaculares apêndices dentários exclusivos, pelo que está a ser investigada agora qual poderá ser a sua fonte de alimento habitual.
Até porque das outras 3700 espécies da ordem dos cypriniformes (à que pertencem as carpas) nenhuma possui dentes, perderam-nos evolutivamente há uns 50 milhões de anos.
Este peixe foi descoberto num rio da Birmânia, em Abril do 2007, e enviado como peixe de aquário ao Museu de Historia Natural de Londres.
Após um ano, quando começaram a morrer, seguindo o processo normal de trabalho conservaram-nos e analisaram-nos, e então surgiu a surpresa.
E após a mesma novos análises, até que hoje, finalmente, um grupo de científicos deste museu confirmou numa publicação na prestigiosa revista Proceedings of the Royal Society B que se trata de uma nova espécie, à que baptizaram, como não podia ser de outra maneira, como Danionella dracula.
Segundo Ralph Britz, zoólogo do Museu de Historia Natural de Londres, o peixe é um dos vertebrados mais extraordinários descobertos nas últimas décadas, uma vez que este peixe desenvolveu as suas próprias estruturas com dentes como os de Drácula, que cresceram a partir dos ossos da mandíbula.
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