Aureus

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8 de março de 2009

Podemos parar o cancro?


O pesadelo de quem sofre um cancro: Metástases

As metástases, a mais obscena das palavras para quem tem algum tipo de relação com alguma forma de cancro, poderiam ser impedidas.

Pelo menos, essa é a intenção de um grupo de investigadores do Instituto de Investigação sobre o Cancro (Institute of Cancer Research), que anunciou recentemente ter descoberto uma enzima, LOX, que é crucial para estimular as metástases, segundo informou a publicação especializada Cancer Cell.

A enzima LOX (lisil oxidasa) envia sinais para preparar uma nova área do corpo para que o cancro possa estabelecer ali uma nova implementação. Sem esse processo de preparação, o novo ambiente seria demasiado hostil à disseminação do tumor.

O 90% das mortes relacionadas com a doença devem-se ao processo de disseminação do cancro desde a sua posição original a outras áreas do organismo, gerando as metástases (novos tumores) em outras zonas do corpo.

A coordenadora da investigação, Janine Erler, qualificou o descobrimento como a peça essencial do puzzle que estava perdida e que os científicos tinham estado à procura.

A especialista disse que é a primeira vez que se identifica a uma enzima como o factor chave no processo que permite ao cancro disseminar-se, e acrescentou que se podemos interromper a capacidade do corpo para preparar novas áreas com o objecto de que o cancro se espalhe, poderemos efectivamente prevenir as metástases cancerígenas.

Seguiu ainda comentando que esse processo é muito difícil de tratar e este novo descobrimento oferece uma esperança real para que possamos desenvolver uma medicina que lutará contra a expansão do cancro.

Assim, neste momento a investigação está a ser dirigida no sentido de conseguir o bloqueio da enzima. Os especialistas mostraram-se optimistas em relação à possibilidade de que utilizando fármacos, se possa conseguir isto e, assim, possamos manter isolado o cancro.

As investigações foram até agora realizadas em cancros de mama de ratos, mas os científicos acreditam que os descobrimentos poderão ser aplicados a outros tipos de cancro e a outras espécies, incluindo a nossa.

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